terça-feira, 1 de março de 2011

PREMIAÇÃO OSCAR 2011

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FILME: O DISCURSO DO REI

DIRETOR: TOM HOOPER (O DISCURSO DO REI)

ATOR: COLIN FIRTH (O DISCURSO DO REI)

ATRIZ: NATALIE PORTMAN (CISNE NEGRO)

ATOR COADJUVANTE: CHISTIAN BALE (O VENCEDOR)

ATRIZ COADJUVANTE: MELISSA LEO (O VENCEDOR)

ROTEIRO ORIGINAL: DAVID SEIDLER (O DISCURSO DO REI)

ROTEIRO ADAPTADO: AARON SORKIN (A REDE SOCIAL)

ANIMAÇÃO: TOY STORY 3

FILME ESTRANGEIRO: EM UM MUNDO MELHOR (DINAMARCA)

TRILHA SONORA: A REDE SOCIAL

CANÇÃO: WE BELONG TOGETHER (TOY STORY 3)

DOCUMENTÁRIO: TRABALHO INTERNO.

 

 

O “DISCURSO DO REI” que já vinha se afigurando como o grande favorito ao título de melhor filme nas indicações do SAG (sindicato dos atores) e do PGA (sindicato dos produtores), faturou a premiação máxima da academia com quatro estatuetas. Não houve, portanto, grande surpresa, mas deixou aquele gostinho amargo de ganhou, mas não mereceu.

Todos se esmeraram em conciliar as opiniões com o óbvio intuito de não desagradar a Academia e, mais uma vez, perdeu-se a oportunidade da despolitização do cinema. Em 2010 Guerra ao Terror levou a melhor ante a sensacional produção de Avatar, e a justificativa foi a conscientização política, como se a questão política não estive expressa em cada árvore, cada tiro, cada mudança comportamental.

No caso de o Discurso do Rei, o comentário comum da crítica foi de que a Academia fez a opção (eterna, segundo alguns) pela tradição. E, diga-se de passagem, o filme é realmente a cara da Academia, mas a altivez de Cisne Negro, retomando o drama e as contradições humanas na brilhante performance de Natalie Portman, tinha todos os ingredientes de vencedor.

Até mesmo A Rede Social, aclamado por muitos como inovador e “que busca dialogar com a narrativa moderna” (leia-se o poder das novas mídias), não foi tão impactante quanto Cisne Negro. Quem assistiu Piratas do Vale do Silicío irá perceber uma relação direta (Bill Gates, aliás, é destacado em A Rede Social fazendo palestra para turma de HARVARD), não colocando esse aspecto como original. É bom não esquecer que esse tema já está defasado diante do rápido avanço tecnológico.

E se dialogar é expor jovens, fraudando ações e acumulando riquezas sem qualquer moralidade, exibindo-os como troféus universitários classe média, então é passada a hora de Deus descer à Terra.

 

sábado, 26 de fevereiro de 2011

MINHAS MÃES E MEU PAI

 

INDICAÇÕES AO OSCAR 2011

FILME: MINHAS MÃES E MEU PAI

MELHOR ATRIZ: ANNETTE BENNING

ATOR COADJUVANTE:MARK RUFFALLO

ROTEIRO ORIGINAL:

OPINIÃO PESSOAL: MUITO BOM

Um filme no mínimo ousado pela temática atualíssima do homossexualismo, principalmente quando envolve filhos. Entretanto soube captar, antes do preconceito sexual, o casamento com suas implicações: filhos, insegurança, amor, sexo…

A leveza com que o filme é conduzido não deixa espaço para questionamentos preconceituosos e a relação passa a ser vista, do ponto de vista família, normal; até o línguajar cede espaço para uma realidade que a sociedade não quer encarar, mas que torna-se simpática na relação mães e filhos.

Como uma experiência de laboratório o pai biológico é jogado dentro da trama e assistimos, sem torcer que assuma a paternidade dos filhos e se comprometa no casamento. Por um momento ficamos com a sensação que tudo é uma repetição de um casamento qualquer, e é. Há uma traição e um abalo no casamento das duas mulheres, e para surpresa os filhos apoiam a figura paterna (FEMININA) representada brilhantemente por Annette Benning.

Se o filme aborda a questão do homessexualismo, antes discute o casamento.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

COMO NÃO ASSEGURAR DOAÇÕES DE LIVROS AS BIBLIOTECAS PÚBLICAS DO ES SEM CONSTRANGIMENTO

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Inocente como criança procurei informações na Biblioteca pública da FAFI a respeito de possível doação de livros. A pessoa que me atendeu não era responsável pela Biblioteca, mas me assegurou que não estavam recendo doações. Fiquei sem resposta.

Coincidiu que a resposta encontrei no mesmo dia ao ler o texto de Rita de Cássia Maia (Diretora da Biblioteca Pública do Espírito Santo) com o título “DOAÇÃO DE LIVROS”, publicado no jornal A Gazeta. Achei o texto sugestivo, então simulei uma possível conversa, com uma possível responsável por uma possível Biblioteca, caso esses possíveis personagens pensassem a doação de livros como sendo constrangedor. As falas aspeadas foram copiadas na íntegra do texto de Rita de Cássia Maia.

- Boa tarde senhora! Gostaria de obter algumas informações sobre como proceder para doar livros à Biblioteca. – Perguntei à bibliotecária.

- Um momento senhor.

Silêncio absoluto!

- Pode me acompanhar senhor? Por Aqui. Está vendo aquela porta adiante? – Respondi que sim.

- O senhor procure melhores informações lá. Boa tarde!

Toc, Toc,Toc, bati à porta e esperei retorno. Toc, toc, toc, a porta era estreita sugerindo que guardava um espaço também pequeno. Pensei se devia continuar batendo à porta ou retornar à biblioteca.

Retornei!

- Licença, senhora bibliotecária!

- Ah! É o senhor novamente!

- Bati por duas vezes e ninguém atendeu à porta.

- Qual porta o senhor bateu?

- Aquela que a senhora me indicou.

- Mostre-me, por favor!

Indiquei a porta com o dedo. – Aquela lá.

- Não senhor! Eu disse que era aquela outra mais à frente.

- Ah! Que descuido o meu. Peço desculpas!

Segui na direção indicada e diante da nova porta bati:

- Toc,toc,toc.

-Pois não, senhor! Atendeu-me uma senhora muito simpática.

- Gostaria de informações sobre o procedimento para doação de livros à biblioteca e a bibliotecária me encaminhou até esta porta.

- Ah, sim! Vamos, entre! Sente-se um pouco.

Sentei-me e a senhora abriu um arquivo de aço e começou a mexer alguns documentos. Retirou uma pasta e de dentro duas folhas de papel com perguntas para serem respondidas por mim, e as me entregou:

- O senhor preencha essas folhas, por favor!

Antes de preenchê-las passei uma rápida olhada e percebi muita informação pessoal do tipo: é doador de sangue e medula óssea? Sim ou não. Mora de aluguel ou possui casa ou apartamento? Se possui informe se é financiada(o) e por quem. Prefere a música clássica ou é adepto do Rock? E continuava com um batalhão de perguntas, uma puxando outra, que cheguei achar duas folhas economia de papel. Claro que isso é muito bom!

- É para preencher agora ou trazer depois? Estava sem ânimo para essa tarefa.

- Fica ao seu critério, mas precisamos do seu cadastro.

- Posso fazer algumas perguntas sem ter o questionário preenchido?

- Se o senhor não ocupar muito meu tempo... É que tenho horário marcado, o senhor sabe... Funcionário público não tem sossego; somos o cimento com o qual a sociedade se estrutura organizada e limpa.

- Claro! Disse com uma forte disposição em fazer concurso público. Aquela idéia de cimento e limpeza me tomou de assalto a tal ponto de me contaminar com a nobreza do funcionalismo público. Porém um estado de espírito enriquecido é fagulha para pouca pólvora. Levantei-me como a querer fazer uma grande declaração:

- Eu tenho alguns livros; romances, na maioria, que gostaria de doar à biblioteca pública. Já vi que vários títulos que possuo vocês não têm e, bom... É claro que não são livros novos na acepção corrente da palavra, mas se o manusear verá que são livros em perfeito estado de conservação.

A senhora jogou um balde de água gelada em minhas pretensões discurseiras:

- Não vou tomar muito o seu tempo, senhor! Serei rápida. Não estamos recebendo doações, e mesmo que estivéssemos há um procedimento técnico-científico muito criterioso. “Trata-se de levar em conta os objetivos da instituição, a preservação da qualidade de seus acervos e seu crescimento equilibrado em quantidade e qualidade.”

- Qual o objetivo..., Desculpe a interrupção senhora, mas qual o objetivo de uma biblioteca? Biblioteca é biblioteca, quero dizer...

Estava um pouco nervoso e não conseguia articular direito as palavras. Queria perguntar o que era crescimento equilibrado em uma biblioteca; será que ela estava dizendo que para cada romance eu deveria doar um tratado científico, um auto-ajuda...

Se eu doasse apenas romance obviamente o acervo “romance” cresceria em detrimento de outros títulos e aí poderia desequilibrar a qualidade no atendimento ao público. A biblioteca poderia ficar com má fama, já que os filósofos, teólogos, cientistas, matemáticos, estariam quantitativamente em menor número que os românticos: Machado, Dickens, Gabriel, Alencar, Alan Poe... Meu Deu! Como eu era ridículo e pequeno diante da grandeza daquela senhora que me expunha de forma tão nobre sua preocupação com a biblioteca enquanto eu, como uma larva, a destruía de forma tão insignificante e deprimente desejoso de doar alguns romances.

Ela olhou-me com desconfiança e continuou:

- Como deveria saber “todo material deve passar por uma análise prévia. A BPES só aceita uma determinada doação se tiver autonomia para selecionar o que lhe convém.

- É justo que seja assim, embora presuma que quem está disposto a doar livros a uma biblioteca pública não o fará com livros sem folhas. Não se trata de mera valorização do leitor, mas quem lê, presume-se, tem educação suficiente para lidar com os livros de forma diferente do uso comum (sabemos que o número de leitores no Brasil é muito pequeno, é um grupo seleto, consistente e consciente).

- Agora quanto ao que significa, nesse caso, a palavra “convém”... Parece-me que estamos falando de biblioteca pública, que contém livros de um lado e leitores ávidos por livros de outro, logo essa palavra torna-se bastante relativa, melhor dizendo é decisão pública. A senhora concorda?

- Em absoluto. Deixe-me explicar uma coisa para essa conversa fique bem clara. Nos tempos Antigos entendia-se doação “como um contrato solene, a doação é difundida na cultura ocidental como o ato de alguém dar a outrem ou a uma instituição, geralmente necessitados, um bem próprio...”

- Alto, lá! Exclamei. Meus livros foram comprados; são meus e se quero doar a uma biblioteca pública, tenho esse direito, melhor, dever de cidadão. A senhora por acaso guarda nota fiscal de livros comprados? Por outro lado Biblioteca tem o sentido, entre outros, de: Coleção pública ou privada de livros e documentos congêneres, para estudo, leitura e consulta. Também edifício ou recinto onde ela se instala. Esse conceito Renascentista de doação não se aplica, na modernidade, a doações públicas. Se a senhora não sabe, na Renascença não havia poderes de governo. Experimente doar carne estragada às escolas públicas, (se é que eles recebem) a senhora será presa. Por que com livros seria diferente?

- O senhor está ficando exaltado, estou tentando explicar como funciona a prática de doação de livros.

- Não estou exaltado, apenas quero doar livros à biblioteca pública e não são livros estragados.

- Muito bem, deixe-me perguntar-lhe uma coisa. “Que significado adquirem na atualidade as sucessivas doações de livros feitas por pessoas supostamente de boa vontade que, por contingência do volume que se acumula em suas residências, por falta de espaço ou de serventia para os filhos, que cresceram, “entregam” às bibliotecas seu precioso bem? Por outro lado, que sentido pode ser atribuído ao gesto de recolher o que muitas vezes resulta de limpeza geral e se mistura àquilo que já não nos serve?”

- A senhora está sugerindo que eu estou usando de artifício para me livrar dos livros? Que estou doando livros que não servem à biblioteca?

- Digo mais, senhor! “São ações técnicas com o propósito de evitar “duplicação, contaminação por fungos e sujidade, inadequação, congestionamento de espaços e de serviços, bem como constrangimentos.

-A senhora falou constrangimento? Foi isso que ouvi?

- Sim, senhor! Constrangimento, e se não se importa, já que não marcou horário, eu preciso sair agora.

Melhor será procurar coletores de lixo. Meu único receio é que os livros constranjam o aterro sanitário.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

COMO NÃO FAZER O BOLO DE CASAGRANDE, PARTE II

I

Ok! Sabemos que o bolo tem nome: “CAMINHOS DO AMANHÔ. Soa um tanto místico, profético mesmo; e quem nos fala desse novo amanhecer de verão é o governador quando, através de seu secretariado e autoridades presentes se refere ao “PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO” de governo:

- O que desejo ver em cada um de vocês é a saudável ousadia de quem confia no potencial do nosso Estado e na capacidade de nossa gente. Vamos pensar GRANDE(!!!), POIS GRANDE SÃO AS OPORTUNIDADES QUE ACENAM PARA NÓS NO HORIZONTE. – Nem quero comentar isso.

Não sei bem a razão, mas confesso que lembrei a fala de Lula quando assumiu o governo dizendo que seus ministros seriam sabatinados toda semana e... Não foram! Não, não! Acho que foi o tratamento dado pelo governador à esposa e primeira-dama:

-Virgínia é a maior autoridade do governo. – Belas palavras proferidas com sensatez no discurso de abertura dos trabalhos no Centro de Convenções. Esse comportamento político dos políticos em relação às esposas não era comum antes de LULA, era?

Em verdade nossos políticos são bastante sutis às necessidades de sua “grande gente”, principalmente em época de eleição, e não se iludam, precisam manter a postura de subserviência ao povo também durante o mandato; isso se desejar mais quatro anos de trabalho duro no cargo. Foi exatamente isso que Lula fez. Portanto não é à toa o “bolo” que Casagrande está preparando; ele soube se articular com LULA e sua tropa de Elite muito bem enquanto estava no Senado, e agora oferta, com gracejos “FACTOIDES” (outro grande trunfo da administração LULA: bater com humor) a essa “grande gente”, fazendo apenas uma ressalva de cunho Lulista:

- Não vamos discutir, aqui, projetos sem viabilidade. Não vamos discutir factóides ou peças de propaganda. Nosso compromisso é produzir um plano de trabalho factível, responsável e adequado às necessidades dos capixabas.

O que ele está dizendo e fazendo não é um grande factóide? Está preocupado com o resultado dos trabalhos e não vai aceitar que seus subordinados viagem na maionese!

Afinal, quais foram os critérios para a contratação desse time? Exclusivamente políticos?

O que significa produzir um plano “factível, responsável e adequado às necessidades dos capixabas”? Isso quer dizer que o governo anterior era irresponsável e nada será aproveitado? Ou quer dizer que o nível desse secretariado é precário para a responsabilidade?

Acorda Espírito Santo. Não é o governo quem diz o que deve ser feito. Somos nós quem enfrenta as filas nos postos de saúde pública, e quando somos atendidos não temos o devido dinheiro do remédio. Nossos filhos estudam em escolas constantemente ameaçadas por traficantes, alguns morrem e são enterrados como indigentes. Acordamos de madrugada para conseguir um lugar no ônibus que sempre passa atrasado e cobra muito, muito, mas muito caro mesmo.

Quem está discutindo projetos sem viabilidade, senhor governador? Queremos o que a Constituição nos delega: Educação, Saúde, Transporte, Segurança. O resto é falatório factóide, a exemplo dessa gastança toda por conta de um projeto que será engavetado por conta de uma simples, mas esquecível conta: não dá mais para pedir sacrifício do povo.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

TEMPO FRAÇÃO

 

O CRÉDULO

Não quero pensar tempo fração:

Tempo ontem, hoje ou amanhã...

Quero pensar o tempo depois do depois

Face do abismo... Trevas!

Dizes que é louco meu intento?

Tu alegas serem terços, os compostos da existência

Desde o princípio da vida, nada além?

Estás enganado, meu amigo!

Esqueces, e não lembras.

Anterior ao pensamento está à lembrança

...Face!

Queres enfim afirmar-me a nobre trindade:

Nascimento, vida e morte;

Potência unida ao abismo Informe...

Já não tens juízo. Louco.... É meu coração!

O INCRÉDULO

Vês a máscara do meu riso ao menos uma vez.

O riso dos filhos incrédulos, pródigos.

Dos que escrevem um libelo, do flagelo .

Ouves, por fim!

O cálice do vazio a essência eclodiu, e

Das águas, se fez Pai, Filho e Espírito

Governa nações quarto terço.

...Abusão da razão.

COMO FAZER BOLO DEMAGÓGICO DE GOVERNO ESTADUAL

renato casagrande

DESTA VEZ POR: RENATO CASAGRANDE
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO GUILHERME PEREIRA.
CONVIDADOS: MAESTRO JOÃO CARLOS MARTINS
ECONOMISTA JOÃO SICSÚ
JORNALISTA PAULO HENRIQUE AMORIM
COM: - Seminário de Planejamento Estratégico do Governo do estado (SPEGE) e
- Plano Plurianual de Aplicações(PPA)
Primeiro o governo envia seus cocos e bananas, depois as batatas quentes de Hartung ao SPEGE aos cuidados do secretário Guilherme. Este, por sua vez, com a ajuda de seus auxiliares, bate tudo no liquidificador por 24 horas; após o que, com as formas untadas (dez ao todo), despeja-se a massa e deixa repousar mais ou menos seis meses. Durante esse período ela cresce totalizando 200 bolinhos.
Enquanto isso há o período de descanso da equipe, afinal ninguém é de ferro, preenchido com uma série de conversas complexas regadas a whisky e lagostas; então cada cidadão que se vire, ou seja, se tiver que morrer, morra logo, o SUS não o salvará; se não for à aula, que se dane, ninguém quer estudar mesmo; mas se deixar de trabalhar e recolher impostos... CUIDADO! A PF, PM, PC, RAIOS E PATOS TE PEGARÃO.
Passado esse período é hora de retirar a massa do forno e decidir o que fazer. É preferível colocá-la no PPA e esperar por mais quatro anos. Antes é preciso distribuir as senhas aos mais pobres... Por cautela, só isso! Afinal em quatro anos pode acontecer muita coisa; tipo: Poucos comerem muito bolo e muitos nada comerem.
Então vamos dar um “VIVA” ÀS SENHAS!
Em nota ao jornal A Gazeta pág. 18 de 22 de fevereiro de 2011 o secretário declarou:
- Nunca se fez no Espírito Santo um processo de formulação do PPA como este que estamos fazendo.
Tanta euforia provocou um surto de ESTRESSE. Foi necessário contratar o Maestro João Carlos Martins para promover palestra “MOTIVACIONAL” (não entendi! - MAESTRO??). “Ele toca peças de Bach e Tom Jobim, acompanhado pelo Quarteto Bachianas.”
Pensando bem, acho que entendi o motivo da vinda do maestro: amanhã, quarta 23, o governo passa o dia com os bolinhos nas mãos em reunião com o economista João Sicsú, do IPEA. E na quinta palestra com o jornalista Paulo Henrique Amorim (quanto prestígio da turma do CORECON ES!), aquele apresentador da Record, funcionário do bispo Macedo. Ah, tá!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

PAIXÃO QUE MATA

 

INDICAÇÕES OSCAR 2011

FILME: CISNE NEGRO

ATRIZ: NATALIE PORTMAN

DIRETOR: DARREN ARONOFSKY

MONTAGEM

AVALIAÇÃO PESSOAL: EXCELENTE

ASSISTA AO TRAILER :

“É preciso ter o diabo no corpo para vencer em qualquer uma das artes”. ¹ Disse certa vez Voltaire -filósofo, escritor, diretor... Francês- ao exigir, da atriz que iria representar sua Tragédia, Mérope, viúva de Cresfonte, rei de Melleve, perfeição na simulação do sentimento de paixão. Ela reclamava que era preciso ter o “demônio em pessoa” no corpo para corresponder o que ele exigia.

O demônio da atriz foi exorcizado pelo médico vienense Sigmund Freud através da Psicanálise, que busca o significado “oculto daquilo que é manifesto por meio de ações e palavras ou pelas produções imaginárias, como os sonhos, ou delírios, as associações livres, os atos falhos.”

O que Voltaire entendia como “diabo” Freud compreendeu “prazer”, e associou a sexualidade como sendo a fonte. Ele dizia que a busca do prazer é a “maneira que temos para dar vazão ao forte impulso sexual que chamamos libido”. Cabe a sociedade normatizar essa vazão, e assim chegamnos ao ponto onde queríamos com toda essa “pajelança” teórica, ou seja, a energia sexual, para a psicanálise, é a mesma energia que utilizamos para trabalhar, divertir, produzir conhecimento, enfim, a energia responsável pela criação do que conhecemos como civilização humana.

Cisne Negro é o nome da peça teatral ansiosamente aguardada pelo público. Em verdade a história trabalha em duas perspectivas de abordagem do sentimento amor/paixão como objeto sobre o qual investimo libido: o cisne branco por quem o príncipe se apaixona e o cisne negro, que o seduz fazendo com que o cisne branco se mate; a bailarina deve representar os dois papéis.

A escolhida tem uma relação não bem resolvida com a mãe, e trabalha o sentimento de amor construido pela sociedade enquanto discurso repressor, modelo do amor perfeição. Por outro lado tem dificuldade em se ajustar ao modelo paixão, exigido pelo diretor na cena da dança do cisne Negro: entrega louca e desvairada ao ser amado. Esse sentimento represado começa a ser combatido pelo corpo com vômitos, dores, sofrimento de angustia e incerteza.

Só então, quando ela descobre a mãe na platéia, numa atitude de rompimento, baila com a perfeição exigida pelo diretor, ou como Voltaire desejava de sua atriz: com as “forças do demônio”.

Tallentyre. A vida de Voltaire, terceira edição; pg 145.

O NERD E A PUTA

 

INDICAÇÕES AO OSCAR 2011

FILME: A REDE SOCIAL

ATOR: JESSE EISENBERG

DIRETOR: DAVID FINCHER

ROTEIRO ADAPTADO

MONTAGEM

AVALIAÇÃO PESSOAL: MUITO BOM

Imagine que seu vizinho é um nerd, e surpreendentemente tem uma namorada, bonita, gostosa e inteligente. Nessa ordem; o sexo não pensa, e o sujeito normalmente é tendencioso as coisas do sexo em primeiro lugar. Isso é uma constatação, não uma afirmação dogmática.

Agora imagine que esse sujeito, por ser nerd e ter uma namorada, se considere um deus que tudo sabe e tudo pode; aquilo de onisciência prepotente sacou? Aí ele diz a ela:

- Você é uma puta, transou com aquele cara da porta...

Também não sei qual porta. Isso importa? – Rima babaca? Isso importa!

Ela responde que ele é um nerd; de maneira agressiva e como se só agora tivesse conhecimento.

É verdade, também não sei quanto tempo eles estavam juntos. Digamos que ela é masoquista; mas tudo tem limite, e convenhamos, nos dias atuais o sujeito chamar a namorada de puta...

Namoro acabado... E agora? Você acha que ele chora, compra uma garrafa de cachaça e vai para a boate azul até amanhecer o dia e então pula da terceira ponte? Qual o quê! Esqueceu que ele é um nerd? Pois bem, em apenas sete dias (algo me lembra de alguém ter feito algo em sete dias...) o cara ganha uma idéia, recebe dinheiro do amigo, monta uma empresa, sacaneia todo mundo... É preciso lembrar que ele teve aulas com o bilionário Bill Gates!!!! Não é pouca miséria, nem pouca burrice, leia-se estratégia; afinal a empresa, hoje, está cotada na bolsa algo em torno de 25 bilhões de dólares.

Agora imagine esse mesmo carinha com cara de cara que sempre leva na cara, mas é só cara, ao invés de bolar uma “rede social” resolve explodir o prédio onde você mora... Alguém dirá:

- Não pode ser verdade; conheço aquele rapaz desde criança; é incapaz de matar uma mosca... Vive para estudar, é um doce de menino. Quem dera se ele fosse presidente!

São estranhos os caminhos do progresso!!!

Parabéns a nossa presidenta Dilma que pretende expandir a “rede social Bolsa Família e demais bolsas, bolsinhas, bocetas, cuecas e malas, etc. e ta”. Isso importa. E se ela resolve explodir nossa casa... Não! Como poderia ser? Aqueles olhos cálidos, sorriso sincero, andar de bailarina e voz angelical... NUNCA!!!

O OSCAR 2010, UMA CHATA E NADA MAIS

 

INDICAÇÕES AO OSCAR 2011

FILME: BRAVURA INDÔMITA

ATOR: JEFF BRIDGES

ATRIZ COADJUVANTE: HAILEE STEINFELD

DIRETOR: JOEL COEN E ETHAN COEN

ROTEIRO ADAPTADO

AVALIAÇÃO PESSOAL: BOM

Há duas formas de entender BRAVURA INDÔMITA.

A primeira é avaliando o grau de diferença ou verossimilhança com a primeira produção estrelada por John Wayne em 1969 – OSCAR melhor ator; aí a coisa fica estranha, porque BRIDGES – OSCAR melhor ator 2010, nem de longe se assemelha ao astro dos anos 60.

A segunda forma seria considerar (se isso é possível para quem assistiu o primeiro longa) como sendo produção singular. Aí vale ponderar alguns pontos:

O tema está meio fora de moda, mas isso não é problema para a turma do bang bang, que se apóia no ritmo selvagem, sempre em velocidade; e o padrão moral de bom e mau em lados opostos; sem meio-termo.

Então voltemos à atenção para o astro do OSCAR de 2010, e aí veremos a caricatura do personagem de CORARAÇÃO LOUCO; com uma diferença: um decadente musical é uma coisa, já um pistoleiro decadente e bêbado... É outra coisa! A cena mais impactante se dá no confronto com vários bandidos em que o xerife disparando mata quase todos, exceção de um, que não morrendo o mata. Se eu não estivesse no cinema diria que eram meus filhos brincando de faroeste...

Quanto à guria Steinfeld (que agita toda essa confusão porque mataram o pai dela), concorre ao Oscar como melhor atriz coadjuvante... É merecido!) Fico imaginando o que a pobre órfã não fará caso não erga a estatueta na festa de 27 de fevereiro. Ela é mais chata que BRUCE WILLS em DURO DE MATAR 1, 2, 3... Com certeza a festa do Oscar virará a festa do Oscarito, com direito à torta na cara e muito mais. (Nada contra o grande comediante brasileiro, sucesso das chanchadas brasileiras dos anos 60; muito ao contrário, a relação é que Oscarito e Grande Otelo quando se juntavam era uma comédia.) Justiça seja feita, a jovem órfã (deve ter feito faculdade de direito no oeste americano tal a insistência em recorrer às leis em sua defesa) encara de igual o monstro BRIDGES do Oscar 2010. Mas é chata!

COMO CURAR A GAGUEIRA COM BOLINHAS DE GUDE

 

INDICAÇÕES DO OSCAR 2011

- MELHOR FILME: O DISCURSO DO REI

- ATOR: COLIN FIRTH

- ATRIZ COADJUVANTE HELENA BONHAM CARTER

:- ATOR COADJUVANTE: GEOFFREY RUSH

- DIRETOR: TOM HOOPER

- ROTEIRO ORIGINAL

- MONTAGEM

- AVALIAÇÃO PESSOAL: BOM

Convenhamos o quanto é difícil governar sendo gago; tropeçando nas letras naquele estádio cheio de gente, naquela Inglaterra arrogante; na iminência da morte no discurso ameaçador (cristalizado) do neurótico Hitler: “Vou matar vocês antes que o seu rei termine o discurso”.

O presidente... Desculpe o engano, o Rei com a farda pomposa – presidente é invenção de pobre; isso na cabeça dos intransigentes Ingleses. Já repararam que apenas eles, no mundo, constroem carros com o volante no lado direito? Será que eles estão certos e por causa da gaguez não conseguiram dizer o motivo de tanta convicção? – olha aquela multidão e aí... Olha para a câmara pálido, mudo, parece que tudo vai desmoronar; até os figurantes se irritam, e não é para menos, a guerra está para acontecer (a segunda mundial) e o Rei não diz nada, nadinha de naaa... Da.

Uma coisa o filme faz jus, você não vê pobre. Onde se vê Rei não se vê pobre. A verdade é que pobre não pede esmola a rei, é decreto real com punição de morte, para o pobre é claro; e o filme não poderia explorar essa ignomínia.

Enfim, o Rei fica muito puto e não é com a guerra, com as mortes e destruições, é com a gagueira; que, segundo avaliações recentes da medicina moderna não há cura, (vá que naquela época eles não soubessem disso!), no entanto, e eis é o grande lance do filme, ele conhece um sujeito pilantra que se diz médico - aqui no Brasil seria chamado de charlatão - e que curaria a gagueira dando-lhe bolinhas de gude para brincar na boca.

Um famoso crítico de cinema brasileiro chegou a dizer que o mérito do filme é essa relação que começa azeda e termina amorosa (no bom sentido, é claro), que faz a delícia do público.

É isso aí! Ele fica curado, assume a amizade com o médico charlatão que tanto agradou ao nosso crítico... Ah! Vocês viram a cara de Churchill? Não foi à toa que a Luftwaffe alemã foi neutralizada pela RAF britânica no mar do norte; e a Operação Leão do Mar foi adiada inde... De...Fi.. Finida...men...mente, ufa!

Ainda há quem diga que um e-mail anônimo circula entre os votantes da Academia apontando ligações do monarca vivido por Colin Firth com ação contra os judeus antes da II Guerra.(?)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

PÉ NA CABEÇA E CABEÇA NOS PÉS

 

 

INDICAÇÕES DO OSCAR 2011

FILME: A ORIGEM

ROTEIRO ORIGINAL

AVALIAÇÃO PESSOAL: RUIM

Um cara chamado Michel Foucault disse que a “patologia mental só tem realidade e valor de doença no interior de uma cultura que a reconhece como tal”.

Podemos dizer então que as diversas manifestações patológicas mentais só são consideradas como mórbidas quando houver alteração de grau de personalidade, e mesmo assim considerando que a cultura a reconheça como doença. Se alguém calçar sapos, de cores diferentes, será visto dentro de sua cultura, no máximo, como exótico. Entretanto, no início do século passado seria metido num sanatório.

Agora vamos imaginar um sujeito que está num sonho atuando ativamente para transformar a realidade. Isso é A ORIGEM. Um pé na cabeça e uma cabeça nos pés, e não adianta você querer colocar a cabeça no lugar porque você não saberá se ela está no sonho ou na realidade, ou seja, o filme não interage; dessa forma você se deixa conduzir como desfocado da realidade/sonho, tentando acreditar na sustentação teórica de que é possível, através da tecnologia, (isso me assusta) operar num mundo paralelo que se esbarra todo instante com a realidade.

Não terminei de assistir o filme. Minha cabeça estava saindo de lugar e a tela estava invertida.

Não entendeu? Assista “A ORIGEM”

Em tempo: Tenho lido algumas postagens classificando o filme como um dos melhores, em razão de seu entendimento estar “entre linhas”. Infelizmente tais pessoas não identificam o sentido que está por trás dessas ”‘entre linhas”. ?????

DROGAS E OVOS NO OSCAR 2011

 

 

 

INDICAÇÕES DO OSCAR 2011

FILME: O VENCEDOR

ATRIZ COADJUVANTE: MELISSA LEO - AMY ADAMS

ATOR COADJUVANTE: CHRISTIAN BALE

DIRETOR: DAVID O. RUSSELL

ROTEIRO ORIGINAL

MONTAGEM

AVALIAÇÃO PESSOAL: BOM

Tudo bem que Rock Balboa (estrelado pelo atlético Sylvester Stallone), um miserável babaca lutador de boxe, sem cozinheira, queria se casar e precisava de dinheiro. Tudo bem que aceitou o desafio do campeão mundial peso pesado – Apollo - e o nocauteou no último round. Tudo bem que tenha sido sucesso de público e de crítica, levando a estatueta do OSCAR de melhor filme do ano-1976. Afinal o então jovem atleta bebia ovo de galinha cru deliciosamente batido no liquidificador (será que as galinhas americanas não transmitem SALMONELLA?(???)), e comia bacon frito no breakfast antes de sair correndo, alguns quilômetros, até conseguir subir as escadarias de um edifício. Quanta gente chorou de emoção nessa cena onde a câmara rodava em torno dele, os braços levantados para o céu numa atitude de campeão. Só de lembrar o filme tenho vontade de chorar...

Pois muito bem, o novo “vencedor” de o VENCEDOR não come ovo, mas é treinado pelo drogado do irmão; um ex-pugilista que derrotara o campeão na sua categoria (ninguém sabe se o campeão escorregou ou se foi agredido, eis um trunfo do filme) e vive desse passado que só ele sabe se é verdadeiro ou não, e age como se fosse. Por sua vez, o irmão mais novo, que já andava meio aborrecido com a falta de compromisso do seu treinador e da esperteza de sua mãe, que o empresava (Você já deve ter visto essa coisa chata de família unida se roubando unida e todos sabendo calados), conhece num bar uma mulher que à semelhança do ovo de Rock o faz campeão. Faz mais, consegue além de curar o cunhado do vício (aqui sejamos justos; não foi diretamente, mas isso não importa; o que importa é que ele, depois de algumas dores de abstinência na prisão, sai direto para ajudar o irmão vencer a luta. Segue-se um blá, blá, blá sobre se, além de curado, ficara também responsável, ou o contrário) unir toda a família.

Atenção especial para a estratégia: “golpe em baixo, golpe em cima – golpe em baixo, golpe em cima. Foi assim que o primeiro irmão ganhou a luta (presume-se, caso não tenha sido a queda), e é assim que o outro irmão deverá ganhar a luta. Pasme, ninguém sabia dessa estratégia, nem mesmo o campeão derrotado.

Hoje a família anda chatamente unida; não rouba uns aos outros, vai ao cinema aprender novos golpes, sem drogas e sem ovos.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

OSCAR 2011 PREMIAÇÃO

PRINCIPAIS INDICADOS



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Varejo de Cultura mantém uma relação estreita com o cinema por entender que essa arte, como manifestação da produção cultural, (não diminuindo o valor das demais elaborações humanas) incorpora na sua prática aspectos vários de outras áreas dos saberes humanos: Literatura, música, Teatro...
Sendo assim, não poderia ficar de fora da festa máxima do cinema, tão ansiada por atores, diretores, e principalmente pelo público, primeiro homenageado da Academia.

FILMES INDICADOS AO OSCAR 2011

127 HORAS

A ORIGEM

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A verdade é uma mentira bem contada. Será?

Um amigo meu contou-me, certo dia por ocasição do encontro anual dos ex-alunos da escola de segundo grau X, que  Fulano (relembrado pelo Alberto observando que o dito colega não comparecia às reuniões porque sentia vergonha da ofensa de terem-no rotulado pelo resto da vida, quando era estudante, de não gostar de meninas.) novamente não compareceria, e pelo mesmo motivo de todos esses anos de ausência, vergonha de tamanha mentira, pelo menos é assim que pensa.

- Mas é a mais pura verdade! Exclamou Bernardes. Nunca vimos, pelo menos eu nunca o vi olhar, apreciar, as pernas roliças, macias, por debaixo da calça jeans de Fernanda, aquela belezura que endoidava todo mundo. Digo mais, alguém aqui, alguma vez, o viu participar dos comentários que fazíamos dela? Muito ao contrário; ficava nervoso e saía para brincar com quem?... Hein?... Com aquele veadinho... Como era mesmo o nome dele?

- É tudo verdade, tudinho, tudinho... Sou testemunha. Vocês não lembram que ele não fazia direito, ou melhor, não fazia mesmo os exercícios daquela gostosona da professora de ginástica? Dizia que não tinha forças, que ficava cansado... - Qual o quê, BOIOLÃO, BUNDA ROXA, VEADOOOOOOOOOOOOOOOO! FIUUUUUUUUUUUUUUU!

- E AÍ, GALERA! VOCÊS LEMBRAM QUANDO ELE CHEGOU COM AQUELA CAMISA COR-DE-ROSA, O CABELO EMPASTADO,... FOI..., DEIXA VER... NA FESTA DE FERNANDA, ELA FAZIA 15 ANINHOS, MEU DEUS! LEMBRAM A CAMISA DE ALGODÃO QUE ELA USAVA? E A CALÇA APERTADINHA, ERA UM JEANS, EU ACHO QUE ERA UM JEANS. ERA SIM, MAS O CORPINHO DELA FICAVA UMA LUUUUUUUUUUUUUUUVA, FIUUUUUUUUUUUUUUU!

- PERA AÍ, MOÇADA! OLHA O LÚCIO ESTÁ CHEGANDO. AÍ LÚCIO, TUDO BEM?

- Tudo bem. Porque todo esse barulho?

- Estávamos falando do Fulano, a bichinha. Lembra-se dele, dela, sei lá!

- Não. Por que deveria me lembrar? Têm certeza que o nome era Fulano?

- Não sacaneia Lúcio. Todo mundo se lembra dele. Como é que você não lembra? Você costumava empurrar o banana, dizia que não andava com bicha, essas coisas de MACHO. Era um baixinho de cabelos empastados que vivia se enroscando com a Fernanda e aquele outra bichinha que nem lembro o nome dela.

- Um baixinho que andava com Fernanda? Lembro bem de Fernanda... E puxando um pouco pela memória... Hummm!... Lembro que Fernanda andava mesmo com alguém, também estou lembrando que o empurrava quando via agarrado nela, era um seboso.

- Então, faz um esforço e você se lembra dele. É porque ele não brincava com a gente. Mas esteve no aniversário de 15 anos de Fernanda. Você também estava lá, lembra? Tem que lembrar, caramba. Foi nessa noite que você quis ficar com ela e ela te deu um tremendo fora...

- Claro que lembro. Mas a história não é bem essa não. Fernanda não quis ficar comigo porque dei uma porrada naquela bichinha, e Fernanda ficou uma fera comigo. Pera aí, não era um carinha...

-Esse mesmo, com camisa cor-de-rosa...

- Éééééééééé! Aquela bichinha nojenta! Vocês lembram, que quando acertei o rosto dele sangrou?

- Cara, e ele chorou como uma bichona louca. FIUUUUUUUUUUUUU!

- UMA CERVEJA AÍ, GENTE! VAMOS COMEMORAR O DIA EM QUE O LÚCIO TIROU SANGUE DAQUELA BICHA. VIVA LÚCIO, O TIRA-SANGUE DE BOFE...

- PERA AÍ, GALERA! SILÊNCIOOOOOOOO! Ha uma dama no recinto dos homens. Onde está o respeito de vocês?

- Senhora, peço desculpas pelo nosso comportamento... Um tanto... Infantil. Estávamos rememorando um velho amigo e a saudade nos deixou um tanto alegres. Mas a quem devemos a honra? Devo dizer que aqui é um ambiente exclusivamente masculino, não sei como o proprietário a deixou entrar, mas estando dentro... Por favor, nos diga do que se trata. Como se chama?

- Fernando, e ainda tenho um belo par de pernas, um pouco musculoso. Querem ver se é verdade?... Não?... Porque o silêncio?... Então falo eu. Moro logo ali, ao lado da banca de revista. Estava indo à casa de minha amiga quando vi e reconheci vocês. Entrei para dizer que são uns babacas depois de tudo que ouvi. Ah! Quanto a Fulano devo dizer que está casado e tem um filho macho, como dizem. Adotaram o outro filho que ele teve com a sobrinha da professora de ginástica. Vemos-nos de vez enquanto, a mulher dele é aquela "bichinha feia" da escola.

- Ah! por favor, sejam educados, façam menos barulho. 

 

Resumo: Ou a mentira é uma verdade bem contada?

domingo, 29 de agosto de 2010

CULTURA na urna

 

O Jornal A Gazeta publicou no CADERNO2. AG DE 27 DE AGOSTO DE 2010 matéria sobre as “propostas de apoio à arte no Estado” dos candidatos estaduais ao governo. O jornalista  marcelo Pereira  fez uma única pergunta simples: “Caso seja eleito, quais suas propostas para a área cultural?”.

As respostas:

RENATO CASAGRANDE

“queremos manter os fóruns consultivos, formados por câmaras temáticas, pelo conselho Estadual de cultura”

Traduzindo: NADA. Isso passa à distância de proposta. Vê-se que Casagrande tem um pé fincado no campo… É um excelente empanzinador de linguiça.

LUIZ PAULO

“Minha política de cultura chegando ao governo vai se basear nas mesmas diretrizes e valores da política que adotei na época da Prefeitura de Vitória”. E acrescenta: “Temos que pensar a cultura como indústria cultural(…).

Traduzindo. Cultura é indústria. Acho que não precisa de comentários tamanho saber de cultura.

BRICE BRAGATO

“O fundo Estadual de cultura é insignificante, não passa de um prêmio de consolação para a cultura estadual”. Ela pretende avançar 1% para 2%, e acredita que cultura “passa pela parceria entre empresas, artistas e governo, nos moldes de Casagrande e Luiz Paulo. Ora, pergunto na pobreza de meus conhecimentos: empresas visam LUCRO, nunca cultura… Estou sentindo um cheiro de peixe estragado, ou é impressão minha, não sei; quem poderá me dizer. A CULTURA!

GILBERTO CAREGNATO

Implantaremos ações e programas midiáticos para que o povo possa ter conhecimento e usufruir do bem da cultura”.

Vocês conseguem ver o sujeito assistindo a novela da globo ansiando o momento do intervalo quando então poderá assistir um vídeo instrutivo sobre cultura?

Tenho a impressão que nossos candidatos devem ser melhor sabatinados para deixar mais claro que não têm nenhum compromisso com a cultura… Mas aí não terei candidato para meu voto, e preciso votar porque sou obrigado. Alguém sugira o quê devo de fazer…

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O BEM AMADO


Questionava nesse espaço com o título “alunos e professores: conflitos ou confrontos”, depois de argumentar que a solução passa inevitavelmente pelo poder público, alvo de crítica por esses mesmos personagens, e que, no entanto, repete seu voto na manutenção do conflito.
Assistindo o filme de Dias Gomes “O BEM AMADO”,

O bem amado
Atores: Marco Nanini , Matheus Nachtergaele , José Wilker,  Tonico Pereira, Caio Blat , Andréa Beltrão, Zezé Polessa, Drica Moraes 
site oficial:http://www.obemamado.com.br/
direção: Guel Arraes
roteiro:Cláudio Paiva e Guel Arraes, baseado na obra de Dias Gomes
produção:Paula Lavigne
música:Caetano Veloso, Mauro Lima, Berna Ceppas e Kassin
fotografia:Dudu Miranda e Paulo Souza
direção de arte:Claudio Amaral Peixoto


em cartaz, atinei que pode ser a melhor, pelo menos a mais didática, forma de compreender e dá resposta à quetão acima.
O filme começa com o “povo” invadindo a prefeitura de Sucupira, uma pequena cidade interiorana, sucedendo a morte do prefeito.
O carismático Odorico Paraguaçu (Marco Nanini) é então eleito prefeito, e a história segue com a persistência de construir um cemitério. Durante a execução do projeto rola todo tipo de propina, suborno etc. etc. entretanto o povo é mantido em silêncio, já que a administração é autoritária e o povo não  manifesta interesse; o foco do discurso está voltado para o defunto que não aparece para inaugurar o cemitério. Assim o filme se fragmenta com os personagens “levando a vida” indiferente à política e nem ao menos compreendendo que suas vidas estão sendo traçadas por um populista. As irmãs Cajazeiras estão preocupadas com o “solteirismo” imposto pelo prefeito, já que na cidade não tem oferta de homens. Zeca Diabo, pistoleiro regenerado, é usado pelo prefeito para arranjar um defunto; até o presidente da oposição (comunista) aceita propina para se calar diante de tantos absurdos. E Odorico é morto porque seu nome é vinculado a um crime passional.
Guel Arraes dirigiu o filme com a sabedoria e capacidade que lhes são próprias. Usando um recurso subjetivo de conotação de veracidade faz uma ligação do que se sucede em Sucupira com o golpe de 64, já que a novela, O bem amado, protagonizada pelo falecido Paulo Gracindo é verdadeiramente anterior ao golpe. E num dos momentos críticos, apresenta as diversas correntes política – inclusive o presidente Luiz Inácio da Silva – no palanque com promessas de apoio ao povo sofrido brasileiro.
Agora você deve está se perguntado: o que há em comum tudo isso? Assista o filme, olhe para sua vida, e se pergunte: sou alienado?, deixo-me  ser manobrado por discursos ideológicos? Se sua resposta for tanto faz, sempre existirá um aproveitador, lembre-se de cobrar a lição de casa de seu filho, e se perceber que ele não consegue avançar procure a escola, o professor, a diretora. Se nada der certo seja radical, não vote novamente no seu político de estimação: O BEM AMADO. Apenas divirta-se com ele, ele é o palhaço, que nos faz de idiotas.

sábado, 28 de agosto de 2010

ALUNOS E PROFESSORES: CONFLITOS OU CONFRONTOS IDEOLÓGICOS.

 

Às vezes é difícil mesmo fazer o dever de casa passado pela escola onde se estuda. E o é por um único motivo: não se ensina estudar, toca-se a matéria como se come batata frita, não importando se é causa de problemas orgânicos.

Quem perde? O aluno, sempre. Perde porque fica limitado a um determinado grupo social marginalizado, normalmente de baixa renda e condições precárias de vida.

E o professor? Esse faz a diferença porque é estudado, e está empregado. Mas às vezes acontece o inesperado na sua conduta:

- Por que não teremos aula hoje? Pergunta o aluno

- O professor adoeceu.

- De novo?

Aluno e professor, duas forças que se conflitam diariamente com interesses aparentemente concordantes, mas que não se conciliam por diversos fatores desagregadores de ambos os lados: família, ou ausência de família na educação dos filhos; ausência de proposta pedagógica que contemple a atividade educacional com eficiência, ou que pelo menos chegue à sala de aula; ou seja, que saia do laboratório, maior beneficiário de verba pública em detrimento do ambiente educacional. Mas principalmente pela percepção das forças envolvidas, principalmente pelo aluno, beneficiário direto da farsa de que o sistema (entenda-se o capital) necessita de mão de obra não especializada como reserva para um mercado em expansão; é mais ou menos como uma casa que mantém duas caixas d’água; uma para uso corrente e outra que será utilizada na falta da primeira, e enquanto isso não acontece é relegada a um canto qualquer sob condições de higiene precárias. A conseqüência é que a máquina educacional trava por falta de comprometimento e confronto com o embasamento social constituído. Dessa forma, o aluno tende a crê, por repetição, já que os estímulos positivos não surtem mais os efeitos desejados uma vez que o código linguístico não se renova. Então ele compreende que nunca se formará médico ou engenheiro, em verdade se repete nos calos de seus pais quando ainda enfeitiçado pelo discurso subjetivo da ética.

- Estuda menino (a)! Se quiser ser alguém na vida precisa estudar. Diz a sociedade cativa desse jogo de cartas marcadas.

O garoto (a) ao caminhar pelas ruas apreciando os belos automóveis, casas, roupas, etc.. cotejando com o seu ambiente de moradia, quer acreditar que estudando terá acesso a esses bens, e os teria se lhe fosse dada a oportunidade em condições de igualdade com as classes que se reproduzem em ambiente diferente, abastadas. É uma lógica perversa, porém intrínseca ao capitalismo. Sua esperança estaria nas “mãos” do professor (pelo menos uma melhora substancial no seu padrão de vida), a quem compete exercer o ofício de educar. Infelizmente ele, professor, negocia com o sistema em bases desiguais, não por incapacidade, mas por persuasão financeira. O salário sempre perde, tornando a prestação de serviço eficiente para os interesses dos mais fortes representados pelo poder público.

Poderíamos questionar então o motivo pelos quais esse garoto (a) e esse professor elegem os mesmos representantes que lhes fecham a porta de entrada social: Propaganda ideológica, capaz de alterar o campo cognitivo da pessoa, e ironicamente esse mesmo sistema é reabastecido por esses mesmos personagens sustentando indefinidamente o conflito, nunca o confronto...

E você? Já fez a opção DEMOCRÁTICA da obrigatoriedade do voto, e escolheu seu próximo candidato? Pense no seu País e nas possibilidades de melhoria de vida se souber identificar o melhor candidato por debaixo das diversas camadas de apelo ideológico. Tarefa difícil, Deus nos ajude!

Esse é um ponto importante, porém como o texto está bastante extenso farei nova postagem tentando compreender a perpetuação do poder público nas mãos de uns poucos privilegiados.

domingo, 25 de julho de 2010

Uma fábula política brasileira: De Dentro e De Fora, fora com Da Média

Eram dois irmãos: De Dentro e De Fora.

De Dentro era o mais velho, e por isso achava-se no direito de não trabalhar.  Dizia que o dinheiro da família devia ser empregado com parcimônia. Gostava de whisky, ópera, e de dá porrada no irmão. macaco Passava os dias vigiando o irmão, dormindo ou viajando para descansar.

As mais das vezes ficava pensando alguma forma de sacanear o irmão, De Fora. 

De fora, o mais novo, gostava mesmo era de praia, sexo,  rock e   cerveja com samba e mulher melancia.

Não conseguia ficar mais de um ano no emprego. O patrão não entendia que De Fora precisava descansar pelo menos quatro dias na semana. Andava cansado. Ganhava o auxílio desemprego e ficava esperando que o dinheiro acabasse para procurar outro, afinal não fazia sentido procurar emprego quando tinha um salário que supria suas necessidades básicas de garoto que ama a vida.

Como De Fora estava ficando mais tempo desempregado do que o costume, começou a ser ameaçado pelo irmão, que entendia que com esse comportamento não conseguiria tomar mais seu whisky, nem viajar. Não teve dúvidas, comprou um cachorro maluco, de nome maluco, que mordia De fora todas as vezes que ele sentava à mesa para comer.

Aconteceu que os dois irmãos eram apaixonados pela mesma  garota legal do bairro. Todos a admiravam. Era cristã, estudiosa, ficava as noites acordadas se perguntando  por que as estrelas não caiam do céu, nem por que as pessoas não despencavam da terra que era redonda, ou por que seu nome era Da Média, que merda!

De Dentro dizia que ela era sua namorada, De fora dizia que  tinha almoçado Da Média.

A verdade era que Da Média dava e namorava os dois irmãos, mas não se definia por quem casar. Gostava do carro de Dentro, mas quando via o rebolado de De fora exasperava-se, contorcia-se e esquecia que era namorada de De Dentro.

E assim o tempo foi passando para os três. Com almoços às escondidas de Maluco…, umas três mordidas no traseiro de De Fora, que a essa altura da história emagrecera uns 10 kg.

Da Média preocupada com o Enem e De Dentro tentando uma maneira de achar dinheiro sem fazer esforço.

Numa manhã de primavera, fazia frio, De Fora resolveu comer uma banana antes de ir à praia surfar. Maluco, o cachorro, quando viu De Fora descascar a fruta atirou-se com toda responsabilidade de cachorro abocanhando certeiro  a banana de De fora, que teve de ser operado às pressas por Sus, amigo de De Dentro.

Da média rezou uma semana para Santos e Santas e até matou uma galinha, e por via das dúvidas foi a um terreiro levar seus votos de devota. Afinal, De Fora não podia ficar sem a banana. Imagina que desgraça, dizia ela desconsolada.

Mas houve um contratempo, era aniversário do filho de Sus.Faria quinze anos o cabra.  Sus prometera quando o garoto nasceu que  quando atingisse a idade de quinze anos levaria o “filhote” para “zona”, conhecer mulher, essas coisas de macho. Tudo preparado. Então Sus acordou cedo e foi acordar o filho. Bateu várias vezes na porta do quarto. Sem resposta. Abriu-a, tudo escuro e nada do filho. Sus saiu correndo pela casa desesperado com a ausência do menino. Sumira justamente no dia em que faria 15 anos.

Acordou a mulher que fora dormir com calcinha  de leopardo e um pompom vermelho costurado à MÃO, e NÃO…Sus não observou esse pequeno detalhe. Nem podia, estava ansioso com o presente ao filho que agora sumira.

- O menino foi passar a noite na casa da namorada. Logo estará em casa, homem. Baixe esse fogo que deveria ter sido acesso ontem à noite para assar o leopardo. Agora ele deve estar longe, em outras paragens, fugiu para outras matas e não tem dia para voltar. A essa altura é provável que seu filho tenha caçado o animal e deva estar chupando os ossos.

Sus não se conformou e ligou para o patrão dizendo que não trabalharia nesse dia porque o filho havia sido raptado. “Qualquer dúvida é só contatar o sindicato.”

Da Média achou uma baita sacanagem do Sus.

E agora? Sem a banana de De fora seu mundo ficava sem sentido. Ligou para De Dentro exigindo uma solução. De Dentro alegou compromissos de última hora. Indagou o que tinha  haver com a banana do irmão. “Por que essa preocupação com um imprestável que vive nos botecos enchendo a cara sem responsabilidade?” Havia algum motivo especial para Da Média “exigir” uma ação? Nunca se envolvera com problemas tão pequenos… agora exige?

Frustrada, Da média resolveu dar uma banana à De Dentro, que não se preocupou com seu problema, mesmo correndo o risco de não mais andar de carro. Correu aos braços de De Fora apaixonada, e com as próprias mãos delicadas costurou a casca da banana de seu amado, que por pouco não caiu. Da Média, que implantou uma tala de  kriptonita na banana de De Fora, que agora achava-se com super poderes, tornou-se a mulher mais feliz do mundo jurando ser fiel e obediente à De Fora, até que De Dentro se desculpasse (esse detalhe De Fora nunca saberá).

De Fora então resolveu tomar satisfações com De Dentro que estava com sérios problemas com os EUA. Obama havia sido eleito e De Dentro achava que isso não era saudável para sua vida tranquila.

Então resolveram perguntar a Da Média quem ficaria tomando conta do dinheiro da casa. Ao que ela respondeu: Chegou a hora de De Fora botar a banana para fora e deixar De Dentro descansando.

Acordo firmado. Da Média agora come a banana – há exatos oito anos - de Dentro que ficou de fora, e namora De fora que ficou de dentro. Sua nota no Enem foi muito baixa e ela ainda se pergunta por que as estrelas não despencam do céu.

“De preferência na cabeça dos dois irmãos.”

terça-feira, 6 de julho de 2010

Arrogância retira Brasil do hexa


Da mesma forma que todos os torcedores da seleção brasileira, e não apenas do Brasil, fiquei Indignado e frustrado com o péssimo desempenho dos nossos gloriosos atletas em terras africanas.
Questionei indignado: o que aconteceu?
Afinal estávamos de alguma forma, todos, noite e dia, com sol ou chuva, assessorando cúmplices e esperançosos (tanto que fomos à rua acreditando que chegaríamos ao final do campeonato. Quem nos deu essa esperança vã de que seríamos vitoriosos, Já que agora se comenta o grande erro da escalação?) o técnico e seus filhos milionários... Os únicos, inigualáveis penta mundiais. Parece que esquecemos a presunçosa Holanda! Quanto atrevimento vencer o Brasil de virada por... Deixa prá lá!

Perdemos um jogo vencido já no primeiro tempo. Não dá para acreditar. O que aconteceu? Repito folheando o noticiário em busca de respostas. Confesso que não encontrei o que buscava, não há explicação única, mas com certeza parte da resposta está nos bastidores da seleção.

Ouvi muitas respostas à minha indignação: “O time jogou um futebol de retranca”. “Dunga escalou muito mal os jogadores”, poderia citar outros tantos motivos do tipo: talvez a alimentação do hotel não tenha sido adequada. Ou, quem sabe, o clima não favoreceu nossos caros representantes... Chegaremos a algum lugar trilhando esse caminho?

Contudo, lendo com cuidado o jornal A Gazeta de 6 de julho de 2010 à página 02, li dois depoimentos que talvez joguem alguma luz nesse desastre de 1 para o Brasil, 2 para a Holanda.

Primeiro depoimento apresentando a foto de Dunga de olhos fechados parecendo fazer uma força descomunal, como se desejasse pôr um ovo, ou algo do gênero... Cuspiu essa pérola: “O principal é saber que o povo viu que os jogadores tinham comprometimento”

Eu não vi nada, nem tenho nada com isso. Não ganhei um único centavo para vestir a camisa amarela da seleção. Estou triste com o resultado porque estou verdadeiramente comprometido com os jogadores e técnico, representantes do Brasil. O inverso não tenho certeza se é verdadeiro! Mas vi muita arrogância em um técnico que desdenhava dos reclamos de um povo farto e desiludido de ingerir, em outras áreas politizadas, desmandos institucionais, e que por isso se voltava com ardor para sua paixão: Futebol.

Em respeito a esse povo, técnico e jogadores têm a obrigação de se entregar sem reservas.

Segundo depoimento apresentado a foto de Júlio Cesar aparentemente reflexivo, ou apreensivo de ser roubado dentro do aeroporto do Rio: “Agora eu sei o peso que tem a falha de um goleiro do Brasil numa copa”.

Parece-me estranho um jogador de seleção só avaliar as conseqüências de sua profissão quando comete um erro. Se ele fosse pedreiro e estivesse trabalhando na laje de uma casa no morro de vitória em dia de chuva, e caísse... Será que ele iria saber e nos contar o quê é a morte?

Que fique uma lição disso tudo, somos propensos a erros e derrotas como qualquer nação do planeta. Perdemos, é verdade e nada irá apagar essa derrota. Encaremos o fato sem subterfúgios. Fomos incompetentes, nada mais. Se houve exageros da mídia, e houve, e dos torcedores, e se Dunga foi um tirano irresponsável, convenhamos, não agiu sozinho...

Todavia quem sabe agora possamos estar comprometidos com nossa cidadania, tratar de ganhar nosso prêmio com responsabilidade perguntando e respondendo: Quem é o candidato ideal para assumir o cargo pleiteado nessas eleições de 2010! Se ganharmos esse jogo, se soubermos responder com coerência, ganharemos o prêmio máximo de qualquer sociedade: CIDADANIA.

Nesse jogo não podemos em hipótese alguma perder, não podemos mais ser inconseqüentes, caso contrário não somos dignos dessa terra chamada BRASIL.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

ENSEADA

Gostaria de dividir com todos mensagens de amor, de paz e, acima de tudo, da capacidade de criação da espécie humana.
Contudo pesa-me os dedos ao teclar estas palavras porque não consigo, por mais que seja amante da produção humana, aceitar o descaso, a indiferença à vida proporcionada por uma cultura que privilegia um discurso absurdamente mentiroso e perverso: a destruição irresponsável da vida com a conivência das autoridades constituídas.
Quando assisti o filme Enseada, – veja o trailer clicando com o botão direito sobre o endereço:  http://youtu.be/TDklm9NBvck, opção abrir hiperlink - tive ímpetos de, alguma forma, denunciar esse espetáculo macabro, de não aceitar mais conviver com tanta estupidez que nos faz senhor da destruição.
Se ler esse texto não deixe de ver o trailer e, se possível,  vejo o filme, minhas palavras não são suficientementes compreensíveis para revelar o absurdo do sistema… (?)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Se nada mais der certo

Filme de JOSÉ EDUARDO BELMONTE  produzido em 1988 com:


Cauã Reymond no papel de Leo
Caroline Abras no papel de Marcin
João miguel (excelente atuação em "estômago) no papel de Wilson



Leo (Cauã Reymond) é um jornalista endividaddo que faz trabalhos esporádicos sem receber pagamento, falta-lhe dinheiro para tudo:  Aluguel para a esposa anoréxica e viciada, o filho, o salário da secretária...
Para tentar sanar suas dívidas ele acaba  se envolvendo em golpes armados por "Marcin" (Caroline Abras), uma pessoa andrógena e que, por isso, adota nova identidade para encarar o mundo em que vive, juntamente com um motorista de taxi explorado que vê em Marcin a determinação de encarar a vida da mesma forma como é encarada.
O grande lance é que eles não se consideram marginais, mas marginalizados por uma sociedade global que explora os mais necessitados.

Dowload do trailer Se nada mais der certo

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Rumo de festa de confete da cultura brasileira

Estamos todos comprometidos com a cultura. Esse é um dado que não pode passar despercebido de qualquer discurso sério que tente compreender a dinâmica da produção humana, mesmo considerando aqueles tipos “alienados” e “alienantes” supostamente à margem da sociedade. Contudo, isso não significa que “todos” estão empenhados em discutir, questionar, promover cultura. Aqueles que compreendem a sua importância, que é salvaguarda do próprio homem na manutenção da vida, esses sim, têm por obrigação manifestarem-se conclusivamente.
Apoiado nessa sentença, permito-me fazer algumas colocações que sirvam de base para, pelo menos, compreendermos o nosso presente cultural, posto que o rumo futuro se delineia no exato momento em que escrevo. Aliás, devo desde já manifestar que estamos vivendo um processo de “demolição e de construção” de estruturas culturais, e acredito até que esse é o momento no qual transpomos a via não asfaltada, estropiada, sem rumo, e grande e velha contradição brasileira, sem porrada.
Não recordo o autor da frase: “toda cultura precisa de esperança, mesmo que vã”. Essa é daquelas verdades que ditas num instante de nobreza tocam nosso sentimento romântico de esperança, utópica talvez, mas que sem ela nossa vida fica vazia de sentido. Esperança num país no qual nossa gente sinta-se saciada da fome e da sede, sinta-se resgatada da pilhagem da produção criada tão duramente pelas mãos calejadas das senzalas, ou da quase extinção dos índios.
Pensar a cultura no Brasil de hoje é pensar na globalização. Vivemos ditaduras com seus atos Institucionais, exílios, mortes, destruição. Hoje acenamos ao mundo nosso lado capitalista e não mais somos vistos como mendigos latinos americanos da música de Belgior. Esse é o legado democrático pós revolução 64, em troca, nos engajamos no “Pop” áudio-visual de baixa qualidade e que reduz o conhecimento a papel picado, como os antigos confetes coloridos das belas noites de fevereiro de carnaval.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Inesquecível

Um filme de Paulo Sérgio Almeida- cineasta com vasta experiência no mercado de direção, produção e distribuição.
Dirigiu os longas: Xuxa e os duendes, sonho de verão, beijo na boca
paulosergioalmeida
Atores:
Murilo Benício no papel de Diego Borges
Caco Ciocler no papel de Guilherme Quiroga
Apresentando Guilhermina Guinle como Laura
Participação especial: Fernanda machado,
                                               Nildo parente.
Roteiro: Marcos Bernstein. Roteirista da nova geração, escreveu com João Emanuel Carneiro Central do Brasil (1998), de Walter Salles, ganhador do prêmio Sundance/NHK .
*
O filme foi inspirado na obra de Horácio Quiroga, escritor Uruguaio falecido em 1937.
Quiroga teve uma vida marcada por várias tragédias:  Seu pai suicida-se e logo a seguir seu padrasto. Aos 24 anos Quiroga mata acidentalmente um amigo com uma arma de fogo, antes disso teve dois irmãos falecidos.
Desesperado tenta o suicídio.
Casa-se aos 29 anos e leva a esposa, que tinha uma filha, para morar na selva trabalhando em plantações.
Desgostosa suicida-se.
Retorna a Montevidéu gozando do prestígio político do presidente, seu amigo, Baltazar Brum,  que logo depois é destituído do cargo e suicida-se.
Casa-se de novo e volta a morar na selva. A esposa abandona-o, é quando descobre que tem um câncer no estômago irreversível e que lhe causa profundas dores.
Suicida-se com cianureto.
Após sua morte suas filhas suicidam-se.

Adaptado da obra de Horácio Quiroga “ O espectro”, o filme tem sido  alvo de polêmica. Há aqueles que dizem ser embalagem dez e conteúdo zero. No outro extremo, o argumento de que sendo obra latino-americana deve ser entendida como ficção, sem o devido engajamento político do diretor. Vê-se que vale à pena assistir ao filme para depurá-lo e enriquecer o debate sobre a nova roupagem do cinema brasileiro.
Não pretendo defender qualquer dos lados em contenda, porém estou mais inclinado a aceitar o filme como uma estrumeira de uma paranóia que não se decide pela poesia ou pelo ordinário. A sensação que se tem é de que  a cena seguinte trairá a anterior, e se soltará dessa tênue linha que a põe na estrada da lucidez: Laura não aparece nua, mas a freqüência com que a vemos na cama nos dá a impressão de que o seu papel é maior que o roteiro determina.
Diego é um verdadeiro camaleão, parece-nos que a cada nova cena se transformará num louco estereotipado dos piores filmes de assassinato. E se acham uma inovação o desdobramento final no qual o sorriso de deboche ecoa na sala de cinema, pareceu-me uma chanchada da Atlântida   de Luiz Severiano ribeiro – lucro.
Guilherme Quiroga é o pior dos piores vilões. É aquele sujeito com cara de santo, fala de santo, mas que não se deixe  só com uma santa… e ainda fica com raiva quando o amigo o encosta na parede e diz que ele não teve sucesso na vida; “não sou como você”, é o que ele diz, contudo o outro é todo sucesso.
Enfim, prefiro esquecer essa produção do cinema nacional, mas quero continuar indo à sala de projeção sabendo que coisas boas estão acontecendo. Inesquecível foi uma gripe que tratada com vitamina “C” e lenço tem endereço certo…

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Roteiro turístico - Ilha das Caieiras, Vitória ES. Passeio em família.







Ilha dasCaieiras - Tem essa denominação derivada de dois fatores: geográfico e econômico.

Já nas primeira cartas náuticas após a ocupação da capitania do ES por Vasco Fernandes Coutinho, a região apresenta-se como um manguezal que nas cheias transforna-se em uma grande ilha.

Na década de 20 do século passsado, José Lemos de Miranda construiu um forno - caieira - para produção da cal em razão da grande quantidade de molusco presente à região, que depois de ensacada era exportada pelo porto de Vitória.

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Contornando a ilha de Vitória, lado oeste, pela Rodovia Serafim Derenze, chega-se ao bairro Conquista, extensão do maciço da Fonte Grande.

No alto do morro foi construído um mirante.

Vê-se a geografia do Moxuara - figura 1 acima, no município de Cariacica  e do Mestre alvares no município da Serra - figura 2, abaixo.

A Ilha das Caieiras faz parte do complexo demográfico da “Grande São Pedro”, que compreende 10 bairros.

Continuando pela Serafim Derenze chegamos a São Pedro V, entrada para a cooperativa das desfiadeiras de siri, atrativo cultural de bairro pesqueiro e fonte de renda e dignidade para seus membros moradores da Ilha.
Por fim chegamos ao Píer
com uma vista mais que deslumbrante.

 E, para apreciar a natureza degustando um bom prato de casquinha de Sirí,
nos sentamos, eu e minha esposa  e ali ficamos horas coversando e bebendo uma cerveja geladíssima, enquanto ficávamos embriagados com a beleza sa região.

- Pena que nos cobraram $ 4,50 a garrafa.

Terminado o aperitivo, fomos almoçar em um dos vários restaurantes na proximidade.
Comemos uma Moqueca de Badejo por $ 75,00.

Acho que a fome nos fez esquecer de tirar fotos do prato de moqueca - não se confunda com Peixada, é outra coisa!

A Moqueca não leva leite de côco e muito menos azeite de dendê. Ela é BÁSICA no que se refere ao tempero: alho, tomate e extrato, coentro, cebola e, o principal, cozinhada na panela  feita  de barro  extraído  do mangue, e que depois de pronta  leva uma camada de tinta preta extraída de planta local.

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Insônia

Deito, quero dormir.
Viro para a esquerda, direita, olho para o teto.., O teto! Há efetivamente um teto, é ele que não me deixa dormir. Limita meu raio de visão. Mas, se não quero ver? Quero dormir!
Não consigo fechar os olhos, insistem desafiantes ficar abertos. Eles insistem querer continuar vivendo.
Viver para quê?
Dormir é morrer? É falta de informação, de experiência.
Talvez seja essa a morte dos poetas.
Mas, que droga, não a minha, só quero dormir. Que se dane a experiência e a ciência, dane-se o homem e a noite e a poesia, dane-se a vida, porque só a terei se dormir e não consigo.
Oprime-me ficar pensando, então levanto da cama. Ainda consigo levantar.
Caminho incerto na escuridão da noite, minha companheira de insônia, incerto por entre quartos, sala e cozinha incertos, com a certeza de que tudo é incerto: minha vida, meu salário, minha escova de dentes, meu óculos...
Meu sono é incerto, não tem dia, não tem hora. Nem lembro quando dormi a última vez.
Cadê meu cigarro?
Não tenho mais cigarros, faz mal aos nervos, prejudica o sono. Não, efetivamente não é o teto que me oprime, é o cigarro.
O cigarro recolhe ao governo 77% de imposto sobre a produção e venda.
Com toda essa dinheirama constroem-se casas populares com tetos baixos, um quarto e uma cozinha.
Preciso de um cigarro para dormir.
cigarro i

Programação de fim-de ano 2010.

Como todos os anos acontece, este não foi diferente, trabalhei até às 13:00h.
Almocei com minha esposa. Nossos filhos estavam viajando.
31 de dezembro de 2009, a virada, o momento da transformação, mesmo que seja queima de fogos inconseguente no céu nublado de uma Vitória que não estampava no rosto a alegria de um ano novo repleto de felicidade. Mas, o brasileiro é festivo, teimoso mesmo. get queima de fogos 2009
A lua sim, essa mereceu toda  nossa atenção e acho que a festa foi dedicada a ela, porque crescia em tamanho, mesmo com algumas nuvens que tentavam encobrir seu brilho.
Aqui, na terra tupiniquim, a prefeitura, insistindo para que a população ficasse até ao último minuto da noite, diminuiu o número de ônibus em circulação e o que se via por toda extensão da belíssima Av Dante, que  estava decorada para não competir com beleza da Lua, eram casais enamorados aguardando pacientes uma condução para retornar à sua realidade.
Não estão sabendo? A partir de primeiro de janeiro de 2010 as passagens de ônibus serão reajustadas.
Quem paga o preço da festa é aquele que não promoveu a FESTA.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Feliz natal e um próspero ano novo. Se puder!

Desejo que nesse ano de 2010 tenhamos a oportunidade, mais uma vez, de encarar a realidade dura das diferenças sociais e fazer a opção correta por qual tipo de sociedade queremos para nossos filhos.

O que estamos assistindo de cadeira não é minha opção...

Qual a sua?




sábado, 28 de novembro de 2009

NOME PRÓPRIO: O LIVRO ACABOU! PONTO FINAL.

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NOME PRÓRPIO.
Excelente título para um filme que revela uma adolescente, na primeira cena, expulsa de casa pelo namorado flagrada em uma relação amorosa com outra pessoa. Bem, Camila - personagem de Lendra Leal - quer que o cornudo aceite a traição sob o argumento da imprescindibilidade da experiência na composição do livro a ser elaborado. Parece que o velho e desgastado discurso do "meio justifica o fim" vale apenas para ela.
Continua com relações malsucedidas em busca de um amor romanesco, e, em nome dessa busca, tudo se justiça. Camila é a heroína que trai e que se justifica, em suas ações, pela busca irrefreável de um amor que a compreenda. É como dizer: destrói tua fé em nome de meu amor. Tudo bem?
A loucura é tão contagiosa que  o filme tenta, mas logo recua, criar uma personagem que faz com que Camila acredite no amor verdadeiro, e, por algum tempo, vomita frases impregnadas de bebida alcoólica, até descobrir, depois de alguns dias no apartamento, tentando localizá-lo, que ele não mais se interessa por ela. Aliás, gostei do fora: O livro acabou. "Ponto final".
Por fim, Camila, em seu apartamento, e aqui ninguém pergunte como ela paga o aluguel, pois não terá resposta, tecla as ações de sua personagem, que, agora, junta-se a Camila, cabeça baixa enquanto Camila olha para a câmera e sua boca cospe essa maravilha: de que está cheia de cicatrizes, mas que fez valer à pena cada uma. Da vontade de chorar...
O filme se sustenta na interpretação magistral de Leandra Leal, contudo não foi o suficiente, mesmo sem roupa durante quase todo o tempo, para garantir divertimento. Fica para próxima... Será?