quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

COMO NÃO FAZER O BOLO DE CASAGRANDE, PARTE II

I

Ok! Sabemos que o bolo tem nome: “CAMINHOS DO AMANHÔ. Soa um tanto místico, profético mesmo; e quem nos fala desse novo amanhecer de verão é o governador quando, através de seu secretariado e autoridades presentes se refere ao “PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO” de governo:

- O que desejo ver em cada um de vocês é a saudável ousadia de quem confia no potencial do nosso Estado e na capacidade de nossa gente. Vamos pensar GRANDE(!!!), POIS GRANDE SÃO AS OPORTUNIDADES QUE ACENAM PARA NÓS NO HORIZONTE. – Nem quero comentar isso.

Não sei bem a razão, mas confesso que lembrei a fala de Lula quando assumiu o governo dizendo que seus ministros seriam sabatinados toda semana e... Não foram! Não, não! Acho que foi o tratamento dado pelo governador à esposa e primeira-dama:

-Virgínia é a maior autoridade do governo. – Belas palavras proferidas com sensatez no discurso de abertura dos trabalhos no Centro de Convenções. Esse comportamento político dos políticos em relação às esposas não era comum antes de LULA, era?

Em verdade nossos políticos são bastante sutis às necessidades de sua “grande gente”, principalmente em época de eleição, e não se iludam, precisam manter a postura de subserviência ao povo também durante o mandato; isso se desejar mais quatro anos de trabalho duro no cargo. Foi exatamente isso que Lula fez. Portanto não é à toa o “bolo” que Casagrande está preparando; ele soube se articular com LULA e sua tropa de Elite muito bem enquanto estava no Senado, e agora oferta, com gracejos “FACTOIDES” (outro grande trunfo da administração LULA: bater com humor) a essa “grande gente”, fazendo apenas uma ressalva de cunho Lulista:

- Não vamos discutir, aqui, projetos sem viabilidade. Não vamos discutir factóides ou peças de propaganda. Nosso compromisso é produzir um plano de trabalho factível, responsável e adequado às necessidades dos capixabas.

O que ele está dizendo e fazendo não é um grande factóide? Está preocupado com o resultado dos trabalhos e não vai aceitar que seus subordinados viagem na maionese!

Afinal, quais foram os critérios para a contratação desse time? Exclusivamente políticos?

O que significa produzir um plano “factível, responsável e adequado às necessidades dos capixabas”? Isso quer dizer que o governo anterior era irresponsável e nada será aproveitado? Ou quer dizer que o nível desse secretariado é precário para a responsabilidade?

Acorda Espírito Santo. Não é o governo quem diz o que deve ser feito. Somos nós quem enfrenta as filas nos postos de saúde pública, e quando somos atendidos não temos o devido dinheiro do remédio. Nossos filhos estudam em escolas constantemente ameaçadas por traficantes, alguns morrem e são enterrados como indigentes. Acordamos de madrugada para conseguir um lugar no ônibus que sempre passa atrasado e cobra muito, muito, mas muito caro mesmo.

Quem está discutindo projetos sem viabilidade, senhor governador? Queremos o que a Constituição nos delega: Educação, Saúde, Transporte, Segurança. O resto é falatório factóide, a exemplo dessa gastança toda por conta de um projeto que será engavetado por conta de uma simples, mas esquecível conta: não dá mais para pedir sacrifício do povo.

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