sábado, 19 de fevereiro de 2011

DROGAS E OVOS NO OSCAR 2011

 

 

 

INDICAÇÕES DO OSCAR 2011

FILME: O VENCEDOR

ATRIZ COADJUVANTE: MELISSA LEO - AMY ADAMS

ATOR COADJUVANTE: CHRISTIAN BALE

DIRETOR: DAVID O. RUSSELL

ROTEIRO ORIGINAL

MONTAGEM

AVALIAÇÃO PESSOAL: BOM

Tudo bem que Rock Balboa (estrelado pelo atlético Sylvester Stallone), um miserável babaca lutador de boxe, sem cozinheira, queria se casar e precisava de dinheiro. Tudo bem que aceitou o desafio do campeão mundial peso pesado – Apollo - e o nocauteou no último round. Tudo bem que tenha sido sucesso de público e de crítica, levando a estatueta do OSCAR de melhor filme do ano-1976. Afinal o então jovem atleta bebia ovo de galinha cru deliciosamente batido no liquidificador (será que as galinhas americanas não transmitem SALMONELLA?(???)), e comia bacon frito no breakfast antes de sair correndo, alguns quilômetros, até conseguir subir as escadarias de um edifício. Quanta gente chorou de emoção nessa cena onde a câmara rodava em torno dele, os braços levantados para o céu numa atitude de campeão. Só de lembrar o filme tenho vontade de chorar...

Pois muito bem, o novo “vencedor” de o VENCEDOR não come ovo, mas é treinado pelo drogado do irmão; um ex-pugilista que derrotara o campeão na sua categoria (ninguém sabe se o campeão escorregou ou se foi agredido, eis um trunfo do filme) e vive desse passado que só ele sabe se é verdadeiro ou não, e age como se fosse. Por sua vez, o irmão mais novo, que já andava meio aborrecido com a falta de compromisso do seu treinador e da esperteza de sua mãe, que o empresava (Você já deve ter visto essa coisa chata de família unida se roubando unida e todos sabendo calados), conhece num bar uma mulher que à semelhança do ovo de Rock o faz campeão. Faz mais, consegue além de curar o cunhado do vício (aqui sejamos justos; não foi diretamente, mas isso não importa; o que importa é que ele, depois de algumas dores de abstinência na prisão, sai direto para ajudar o irmão vencer a luta. Segue-se um blá, blá, blá sobre se, além de curado, ficara também responsável, ou o contrário) unir toda a família.

Atenção especial para a estratégia: “golpe em baixo, golpe em cima – golpe em baixo, golpe em cima. Foi assim que o primeiro irmão ganhou a luta (presume-se, caso não tenha sido a queda), e é assim que o outro irmão deverá ganhar a luta. Pasme, ninguém sabia dessa estratégia, nem mesmo o campeão derrotado.

Hoje a família anda chatamente unida; não rouba uns aos outros, vai ao cinema aprender novos golpes, sem drogas e sem ovos.

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